Trilha Sonora

17 de abril de 2012

Aluno UFF: seja voluntário na Rio +20

Os estudantes da UFF têm até o dia 19 de abril para se inscrever no processo de seleção de voluntários da Rio +20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.


O evento se realiza de 13 a 22 de junho, no Riocentro, Jacarepaguá. 


Veja o edital: http://www.noticias.uff.br/noticias/2012/04/edital-voluntario-rio-20.pdf

6 comentários:

Anônimo disse...

Trabalho voluntário não!Devemos dizer não a qualquer forma de trabalho voluntário.Todos devem ser recompensados financeiramente pelo suor de seus trabalhos.

Marcos Marques disse...

Como o termo expressa: é voluntário. Vai quem achar que pode ser interessante ganhar experiência sobre o assunto e fazer contatos que possam, quem sabe, no futuro, servir de "meio de vida". O "valor", como ensinava o velho Marx, nem sempre é em "moeda".

Anônimo disse...

Como o termo expressa: é voluntário. Vai quem achar que pode ser interessante ganhar experiência sobre o assunto e fazer contatos que possam, quem sabe, no futuro, servir de "meio de vida". O "valor", como ensinava o velho Marx, nem sempre é em "moeda".

Então ser voluntariado este é o grande problema nos dias atuais. Se pensarmos desta forma estaremos também compartilhando da idéia de trabalhar como voluntariado na Copa.Enquanto uns trabalham numa forma escravocrata , mesmo que mesmo "voluntariamente" queira fazer tal trabalho que em suma é uma coisa sacerdotal.Poderiamos isso é opção. Devemos dizer e mostrar a verdadeira faceta do que significa um trabalho voluntário em uma instituição que não é filantrópica e sim que estas instituições são milionárias, logo deveria sim pagar pelo serviço prestrado.Se agirmos desta forma estaremos ainda compartilhando de uma perversidade onde qualquer um pode ser voluntário na escola, desvalorizando e precarizando ainda mais a o trabalho docente.E tem mais eu nunca li que Marx compartilhava dessa teoria de exploração do trabalho alheio.Isso é exploração do trabalho alheio e Marx era fundamentalmente contra .

Marcos Marques disse...

Sr. Anônimo, vamos por partes: a) Não disse e não acho que "ser voluntariado é o grande problema nos dias atuais"; b) Não me referi a eventos como a Copa, de caráter institucionalmente privado, mas a Rio +20, organizado por agências multilaterais; c) Há diferenças grandes entre "sacerdócio" (pra vida inteira) e trabalho eventual "voluntário"; d) Assim, como "eventual", pode até mesmo dinamizar de forma progressiva o ambiente de alguns espaços que devem ser "públicos", não "estatais"; e) Também não disse que Marx compartilhava disso ou aquilo, mas apenas fiz referência sobre a teoria do Valor na obra do respectivo pensador, na qual o sentido de "valor" não se restringe à "moeda" (quem faz isso são os burgueses). Por fim, apenas agradeço por dar mais dinamicidade a esse espaço dedicado apenas a troca de idéias com os alunos da nossa disciplina. Isso ajuda no esclarecimento de todos os pontos de vistas - todos, diga-se, válidos para o esclarecimento da "verdade", que não está nos "pontos", mas entre eles, na própria relação.

Anônimo disse...

O debate está bom, por isso resolvi postar novamente.

Como vc fala, o ponto de nosso desencontro é o trabalho voluntário. Certo? Apesar de não concordar com esta forma pensar, o qual acredito que é sim uma forma de exploração do trabalho alheio, eu vou considerar seu ponto de vista.
Não me referi a eventos como a Copa, de caráter institucionalmente privado, mas a Rio +20, organizado por agências multilaterais Então, gostaria de saber qual a diferença de uma entidade privada que recebe (muito) dinheiro público (a copa) e entidades como as que organizam eventos como este Rio+20 que em suma são mecanismos multilaterais que representam os interesses do grande capital. Entidades como ONU, UNESCO, são organismos que representam sim interesses do Capital Internacional.
O termo sacerdócio foi usado metaforicamente, como forma de representar e comparar formas de trabalho. Então, eu trabalho eventualmente e recebo um valor financeiro (mesmo que ainda discorde do salário), ou seja, é a troca (que por sinal é única forma que o trabalhador possui para sobreviver). É a venda de seu corpo, o que por si só representa uma grande desvalorização do ser humano. Agora pensamos. Se com toda essa exploração, com toda essa desvalorização nos já trabalhamos quase que em troca de um prato de comida, imaginemos esta concepção, que o individuo vai trocar seu trabalho (para uma entidade que poderia pagar pelo seu serviço) apenas por uma troca de favores, de míseros contatos? Mas, isso não é nada, pois atrás de tudo isso, existe uma ideologia perversa, em reproduzir uma ideia de voluntariado, que em outras palavras significa o desmonte do estado em prol das prioridades constitucionalmente conquistadas com lutas. Neste momento não estou fazendo referências a COPA, RIO +20, UNESCO, ONU. Estou sim fazendo um breve comentário sobre o desmonte do estado, dos direitos historicamente adquiridos.
E sobre Marx, você o citou de forma equivocada, talvez tenha sido infeliz em sua colocação, porque em outras palavras o trabalho voluntário é uma forma de representar, mesmo que implicitamente a ideologia dominante, da burguesia, dos organismos internacionais ditos de apoio educacional, como a própria UNESCO.
E do mais, espero estar aqui contribuindo com o debate, pois não existem verdades prontas e terminadas, mas sim devemos fazer o debate numa perspectiva sempre dialética e dialógica

Marcos Marques disse...

Sr. Anônimo,

Obrigado, novamente, pela participação. O diálogo, apesar de polissêmico, é realmente construtivo.

Apenas algumas discordâncias a considerar.

Não cito Marx (logo, não me equivoco). Apenas utilizo uma de suas teorias, a do "Valor", para analisar um fenômeno que, diga-se, não é novo: participação "voluntária" em determinados campos.

Sobre a identificação das agências multilaterais como organismos do "capital", estrito senso, creio que não coaduna com a postura do socialismo comunista do velho barbudo, de caráter - sempre - internaciolista.

Mas, como marxismo não é igreja, vale, como já disse, qualquer ponto de vista - desde, claro, com algum embasamento.

E se ser "dialético" e "dialógico" é rejeitar qualquer participação nas instâncias do mundo existente, o que dizer de Marx (redator de um jornal liberal), Gramsci (partícipe de um partido reformista), Engels (industrial!), entre tantos, que souberam não confundir o "desenho" de um mundo ideal com as armas de transformação do mundo real?

A não ser que acreditemos (o que é um direito) que haja só um caminho... E que esse caminho é, justa e dogmaticamente, o que a gente acredita.

Abs, Marcos

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